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Densidade Óssea e Cognição

Diversos estudos apontam para a associação entre perda da densidade mineral óssea (DMO), como acontece na osteopenia e na osteoporose, com demência. Um estudo da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, comprovou que a DMO está reduzida nas fases iniciais da doença Alzheimer, relacionando-se à atrofia (diminuição) cerebral e ao declínio da memória. Ou seja, quanto menos densos eram os ossos dos idosos examinados, menores eram seus cérebros e pior estavam suas memória.

Em Boston, também nos Estados Unidos, em 2005, pesquisadores finalizaram o acompanhamento de 8 anos que fizeram de 987 idosos. Eles tinham por objetivo saber se havia relação entre baixa densidade mineral óssea com risco aumentado para a doença de Alzheimer. Concluíram que apenas nas mulheres havia esse aumento de risco: naquelas com baixa DMO no fêmur, o risco de desenvolver a Doença de Alzheimer foi quase o dobro. Recentemente, na China, pesquisadores avaliaram mais de 2 mil idosos e os acompanharam ao longo de 5 anos. Naqueles com baixa DMO ou com uma aumentada taxa de perda óssea, independente do sexo, o risco para desenvolvimento da doença de Alzheimer foi maior.

Quanto ao risco de fraturas osteoporóticas, muitos estudos também mostram que ele é mais elevado em portadores da demência.

Então, qual situação levaria à outra? Hoje, não se pode ainda afirmar se as alterações ósseas são as responsáveis pela piora cognitiva ou vice-versa. Ao analisar, no entanto, os aspectos fisiopatológicos dessas condições, percebe-se que elas guardam semelhanças em alguns fatores de riscos e em determinadas alterações, como sedentarismo, deficiência de vitamina D e inflamação crônica, por exemplo. Possivelmente, a piora cognitiva e a perda da massa óssea são situações que ocorrem simultaneamente.

O importante é preservar ao máximo a saúde dos ossos e, uma vez que alterações sejam identificadas, elas devem logo ser tratadas. Quanto à prevenção da perda da densidade óssea, todos sabemos o que fazer: atividade física (pelo menos 5x por semana), ingerir cálcio (1,2 a 1,5 g ao dia) e manter níveis adequados de vitamina D (25(oh)vitamina D acima de 30).

Forte abraço!, Leandro

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