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10 Sinais de que Cuidar de uma Pessoa com Alzheimer pode Estar te Adoecendo

 

Cuidar de uma pessoa com Alzheimer não é um desafio dos mais fáceis. Na verdade, é extremamente difícil, talvez um dos mais complexos que podemos enfrentar. Testemunho os desafios diariamente no consultório, em instituições para idosos e nas casas das pessoas. Ao longo de muitos anos atendendo e pesquisando sobre como melhorar os cuidados para essas famílias, percebi que olhar para o familiar, para o cuidador, não é simplesmente questão de uma posssibilidade, ou algo extra, mas, sim, uma necessidade desde o começo da trajetória, desde o dia do diagnóstico.

Considerar a saúde de quem cuida é fundamental! Algumas vezes, no entanto, é complicado convencer o próprio cuidador disso. Vejo muitos adoecendo e buscando ajuda quando já sofreram bastante. 

Deixo aqui 10 sinais de que, ao cuidar, você pode estar entrando num processo também de adoecimento. Leia com bastante atenção e faça uma reflexão com calma sobre como anda sua saúde em todos os aspectos. 

  1. Negação sobre a doença e suas consequências, mesmo quando do diagnóstico feito por pelo menos dois médicos; 
  2. Raiva com a pessoa doente ou outros – inclusive com brigas e perda de paciência com a pessoa cuidada -; raiva por não existir cura ou pelo fato da pessoa doente não compreender o que está se passando;
  3. Isolamento social total de amigos e das atividades que antes traziam um pouco de prazer ou de alegria;
  4. Preocupação excessiva e incapacidade de relaxar, mesmo quando está sozinho e a pessoa com Alzheimer esteja dormindo;
  5. Tristeza persistente, com pessimismo e baixa autoestima;
  6. Cansaço físico que torna muito penosas as taredas do dia a dia;
  7. Dificuldade para pegar no sono ou acordar muitas vezes durante a noite;
  8. Irritação fácil, com a sensação de pavio curto ou nervos à flor da pele, perceber-se muito crítico em relação aos outros e a si próprio;
  9.  Falta de concentração e lapsos de memória.
  10. Surgimento de problemas de saúde, como ganho de peso, necessidade de medicamentos para dormir, aumento no consumo de bebidas alcóolicas. 

Cuidar de si mesmo, buscar ajuda, ressignificar esse momento da vida são atitudes possíveis e importantes para todos. 

Fique bem! Busque ajuda caso tenha se identificado com alguns desses sinais!

Abraços, Leandro Minozzo

 

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4 Comentários

  1. Inez

    Difícil conviver com meu marido. Há 4 anos tenho confirmação de Alzheimer pelo instituto do cérebro na PUc, Poa… a maior diferença é aceitar, como ainda tenho um marido muito presente, apesar de pouco prestar atenção no que eu falo, não saber bem o que deve fazer , não resolver nada mais em relação a trabalho. Ele é engenheiro civil, atuou 40 anos em construção e agora , quando estamos construção uma casa otima , ele mal consegue dar uma opinião sobre a obra. O que me falta é a paciência do dia a dia. Uma pena viver assim

  2. Antônio Doria Lucas de Oliveira

    Estou começando a ler seus artigos, e estou me identificando muito. Passo a semana cuidando de minha mãe que está com 86 anos e está com alzheimer. Aprendi a ter calma, paciência e a me concientizar que trato com uma pessoa com demência.

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