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Check-up: muito mais do que exames

Começo do ano é uma época em que muitas pessoas procuram seus médicos para as famosas consultas de revisão de saúde, comumente chamadas de “check-up”. Antes de qualquer coisa, vale destacar que se trata de uma atitude bastante positiva em relação ao autocuidado e à ideia de prevenção. Seria muito bom se todos tivessem essa preocupação. Conseguiríamos detectar uma série de alterações precocemente e, quem sabe, salvar muitas vidas.

Porém, percebo um problema importante nessa associação muitas vezes restrita entre check-up e realização de exames complementares – de sangue, imagens, etc. A consulta de revisão é muito mais do que isso. É um momento único onde podemos ter nossos hábitos analisados, o histórico familiar, as motivações, as preocupações.. Como humanos, detentores de diversas limitações, precisamos de alguém que nos cuide, que nos ponha na linha, ou até mesmo puxe nossas orelhas de vez em quando… ou não?

Acredito que as características da nossa sociedade (individualismo, cobranças e estresse por todos os cantos) reforçam essa necessidade de atenção e cuidado.  Outro aspecto relevante tem a ver com as orientações: ao mesmo tempo em que temos acesso fácil à informação, aos exames e a diversos especialistas, muitas vezes nos falta  um norte apontado por quem nos conhece, que se sente a vontade para nos chamar atenção.. alguém que escute nossas desculpas por não adotarmos comportamentos corretos e, mesmo assim, com a paciência de Jó, tenta nos ajudar a reconsiderar nossas atitudes em prol de nós mesmos.

Durante essa consulta de revisão, acho importante a avaliação dos seguintes aspectos: histórico familiar, atividade física, alimentação, analisar lista de medicamentos em uso e seus efeitos adversos ou interação entre si, sono, estresse, conhecimento sobre saúde. Ou seja, muito mais do que o carimbo de uma guia de pedido de exames.

Falando em exames a serem realizados periodicamente, o mais importante é o chamado exame físico. É quando o médico tem acesso a sinais fidedignos da saúde do paciente: pressão arterial; estado de hidratação do organismo;  sons de funcionamento do coração, pulmões, intestinos; aparência da pele, olhos, cabelos, unhas; peso, circunferência abdominal, percentual de gordura corporal; entre outros. Os exames complementares são pedidos conforme a faixa etária, sexo e condições de saúde de cada um.

Para fechar o texto, aquela perguntinha bem comum:  afinal, quando começar a fazer consultas de check-up?

Aos 40 anos? 50? Mais cedo, aos 30? Seria aos 20 anos !!???? Exagero, Leandro!!!

Claro que não.

Minha resposta: a partir do momento em que o adolescente deixa de ir ao pediatra, ele pode já iniciar seu acompanhamento com clínico geral. O ideal seria consultar com pediatra que atende adolescentes ou mesmo com um especialista, chamado hebiatra. Porém, pela escassez de profissionais nessa área, é bem adequada a consulta de revisão anual com o clínico já na adolescência.

Um abraço!

Boa páscoa a todos,

Leandro Minozzo

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