Há tempos tenho estudado sobre o impacto do estilo de vida na prevenção do declínio cognitivo e até mesmo do desenvolvimento da terrível doença de Alzheimer. Em 2013 publiquei um livro sobre o assunto. Na última semana, no entanto, li uma pesquisa interessantíssima e que traz um argumento para mudança muito forte.
Pela primeira vez, cientistas conseguiram provar, em humanos, o real impacto da alimentação no volume de uma região do cérebro chamada hipocampo. Entre outras funções, ela é uma das responsáveis pela fixação das memórias novas e aprendizagem. Para testar a hipótese de que a alimentação impactaria diretamente no volume dos hipocampos, 255 participantes entre 60-64 anos tiveram seus cérebros e hábitos alimentares acompanhados ao longo de quatro anos. E qual foi o resultado?
Aqueles idosos que alimentavam-se na maneira “ocidental”, ou seja, comendo carne vermelha em excesso, salsichas, hambúrgueres, batatas-fritas e refrigerantes, apresentaram uma significativa redução no volume de seus hipocampos quando comparado aos que se alimentavam de maneira mais saudável.
O tamanho dessa diferença? 203 milímetros cúbicos de cérebro, onde o “preço do m² é caríssimo”.
O estudo foi um pouco mais além: mostrou que pequenas mudanças na alimentação já influenciam no volume do hipocampo. Deixar de lado o refrigerante já ajuda. Comer mais verduras também.
Acredito que visualmente esse estudo seja sim um argumento fortíssimo para a mudança. Afinal, perder neurônios tão importantes em prol de alimentos nada saudáveis não parecer ser uma decisão das mais inteligentes. Quando adultos, a alimentação passa por uma decisão individual e consciente. A ilustração do texto não traz essa mensagem: não coma pequenos pedaços do seu cérebro a cada refeição.
Se 200 milímetros cúbicos não conseguiram lhe fazer pensar no assunto, saiba que a perda é ainda maior: o estudo fez medições apenas de um dos hipocampos, o esquerdo, deve-se, então, duplicar essa perda de volume, ou seja, hábitos alimentares ruins nos levam à perda de 406 mm³, em pouco tempo – quatro anos. Imagine o impacto quando esses hábitos perduram por décadas. Provavelmente são ainda mais significativos. Acredito que não precisamos de mais estudos para comprovar o dano resultante das escolhas dos alimentos que levamos à boca.
Batata-frita ou amêndoas? Mais ou menos hipocampo?
Grande abraço,
Leandro Minozzo
Obrigado meu caro Colega pelas suas valiosa contribuição. Tenho SIL e sofro bastante, além de já ter tido 2 crises de diverticulite, e da intolerância a Lactose. Os anticorpos para D.Celíaca foram negativos.Estou tomando há 45 dias o Digeliv -melhorei parcialmente, mas a alimentação é básica. Melhoro quando associo com o Pró-live, e quando saio para almoça/jantar fora ou numa festa, tomo tb. a Mebeverina. Fiz uso tb. do probiótico Lacto-Pró antes de usar o Digeliv, com melhora dos sintomas.Meu telefone residencial é 11-3141.0231 e celular 11-9.9823.5385 (Vivo e Whatsapp).Como a laranja seleta ou bahia com o bagaço, mas me dá muitos gases, embora na sua lista apareça como baixo FODMAP.Alguma explicação?
Grande abraço..Franklin Delano