Publicado em 29 de setembro de 2017 às 9:34am
Olá! Sabemos que o atendimento de pessoas idosas pode ser um tanto quanto desafiante. Não me refiro nem aos aspectos de diagnóstico e tratamento, mas a algo anterior: a comunicação. Provavelmente, ao lado do interesse e da empatia, a competência de comunicação seja uma das mais importantes para os profissionais de saúde que lidam com idosos. Digo isso porque comunicar é muito mais do que ouvir e falar. É o ouvir com atenção e fazer-se compreender com a fala, a escrita e gestos.
Com o crescimento da população na terceira idade, e a lacuna marcante de profissionais especializados em atendê-la, é importante que todos busquem compreendê-la, adquirir e praticar competências de comunicação adaptada. Com exceção dos pediatras, e olhe lá que muitos dos seus pacientes são levados pelos avós, todas as especialidades médicas e todas as profissões da saúde atendem e atenderão cada vez mais pessoas com mais de 60 anos.
Deixo algumas estratégias justamente sobre comunicação com os idosos. São difíceis de serem inseridas na rotina de muitos, sei que sim. Hoje, mais do que nunca, o cuidado à saúde está sendo feito com pressa por diversos motivos. Aumentar o tempo de consulta, por exemplo, é algo difícil. Mas peço atenção às outras sugestões. Pode ser que alguma delas seja aplicável e os resultados serão melhores.
Essas estratégias são bastante úteis, porém só se tornarão válidas se a mensagem a ser transmitida vier acompanhada de compaixão pelo sofrimento ou limitação daquela pessoa a sua frente e de uma capacidade de tratá-la com dignidade.
Um grande abraço,
Leandro Minozzo
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Referências:
Fam Pract Manag. 2006 Sep; 13(8):73-78
Rev Esc Enferm USP 2014; 48(6):1020-5