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O adesivo funciona no tratamento da doença de Alzheimer?

Entre as apresentações dos medicamentos indicados para o tratamento do Alzheimer, uma delas chama a atenção por ser em forma de adesivo. Isso mesmo: um pequeno adesivo, como se fosse um Band-Aid e que libera o princípio ativo rivastigmina ao longo de um dia. Nas redes sociais, houve bastante divulgação quando o SUS passou a disponibilizar essa forma de tratamento.


Mas e será que ele realmente funciona? Quais as suas vantagens e desvantagens?


Em primeiro lugar, é importante destacar que sim o adesivo de rivastigmina funciona tanto quanto a versão em cápsula oral. De uma maneira bastante simples, é correto dizer que o efeito da forma adesivo é similar a todos os outros fármacos para Alzheimer da mesma classe, os chamados inibidores da acetilcolinesterase (rivastigmina, donepezila e galantamina).
A grande vantagem da apresentação em forma de adesivo, com a liberação transdérmica, é que ela ocasiona menos efeitos colaterais, como mal-estar ou dor de estômago, náusea e perda de apetite, logo, de peso. Dessa forma, o adesivo tem essa indicação muito clara para substituir as versões orais quando elas ocasionam os sintomas descritos.
Não é errado, de forma alguma, o médico começar o tratamento já na forma de adesivo, mas como mencionei, ela não é melhor nem mais eficaz do que os medicamentos orais. O benefício é realmente o risco diminuído de sintomas gastrointestinais.


As desvantagens do adesivo são o risco para reações na pele, que tendem a diminuir com o tempo de uso, e o custo elevado.


Como eu faço com os pacientes que atendo? Começo com os comprimidos e mudo para o adesivo quando surgem os efeitos colaterais.


Está aí mais uma informação importante para familiares e cuidadores de pessoas com Alzheimer ou outras formas de demência. Espero que tenha gostado!

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