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O que são testes de memória?

A avaliação de pacientes com queixas de piora nas funções cognitivas, como memória ou atenção, é muito comum no consultório. Diariamente, realizo esse tipo de atendimento. E, sabe, gosto muito de realizar essas testagens. Mas como o médico consegue dar seu parecer sobre a real situação dessas funções? Fica a critério de cada um? É subjetivo? Não. Não é bem assim. Existem ferramentas interessantíssimas, validadas com critérios científicos, que nos auxiliam nesse procedimento.


Só a opinião, mesmo que de um médico, não é o suficiente! Precisamos utilizar essas ferramentas para chegarmos a um diagnóstico mais preciso! Guarde bem isso!


Os testes cognitivos devem ser realizados no começo da avaliação e podem ser repetidos em consultas posteriores. Eles envolvem tarefas simples como a localização no tempo e no espaço, a repetição de certas palavras e sua posterior evocação (recordação), a realização de cálculos e a cópia de desenhos. Esses instrumentos são adaptados para diferentes níveis de escolaridade – quanto maior a escolaridade, maior são as notas exigidas. Entre esses testes, temos o mais conhecido que é o Minimental, ou Miniexame do Estado Mental. Outros testes, como o desenho do relógio, o 10-CS, os testes de fluência verbal e a bateria do CERAD podem ser também realizados pelo médico durante a consulta.


Precisamos de pelo menos 30 minutos para aplicar uma combinação de testes que ajude no diagnóstico.
Deixo como sugestão que as capacidades auditivas e visuais sejam sempre consideradas antes da realização desses testes. Também é importante a avaliação integral do paciente para descartar situações mais agudas que possam influenciar na avaliação, como infecções, uso de medicamentos ou até mesmo alto grau de estresse.


Para muitos familiares, é difícil testemunhar esses testes, porque as dificuldades do paciente podem ficar muito flagrantes. Procuro, nesses casos, apontar para o que poderemos fazer, o que poderemos tentar preservar e tentar recuperar. Também é importante esse olhar para o cuidador e familiar durante essas avaliações.

Ah! Vale destacar que não vale dar cola ou ajudinha durante os testes. Parece óbvio, mas é melhor sempre que todos sejam orientados.

Em casos de dúvida ou que a reabilitação cognitiva seja indicada, podemos encaminhar o paciente para outro procedimento nessa mesma linha, a chamada avaliação neuropsicológica. Ela é muito mais complexa, envolve várias consultas e é realizada por profissional habilitado.

Por mais simples que esses testes pareçam, elas são fundamentais no diagnóstico médico dos transtornos de memória no idoso. 

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