Há poucas semanas, foi publicada pesquisa feita nos Estados Unidos destacando a falta de conhecimento sobre os benefícios de um alimento que é um dos pilares da nossa dieta: o feijão. O estudo por lá teve como foco as mulheres de camadas sociais mais baixas. A amostra era formada por mais de 400 mulheres, sendo a grande maioria de origem mexicana. Um número significativos das participantes mostrou desconhecimento quanto aos benefícios do feijão à saúde.
Mas o que motivou os cientistas a fazerem essa investigação?
Como sabemos, a preocupação das autoridades e do meio acadêmico norte-americano com questões envolvendo nutrição e especialmente a obesidade é enorme e urgente. Por lá, há uma marcada redução no consumo de feijão nas últimas décadas. Mesmo com pesquisas comprovando benefícios importantes à saúde, nos EUA, cada vez menos se come feijão – apenas 8% da população em geral e 25% dos hispânicos.
Porém, o problema não se limita apenas a não “receber” os benefícios do feijão, mas a sofrer com os malefícios de outras fontes alimentares, por sua vez ricas em carboidratos simples (macarrão, biscoitos, batatas e doces, por exemplo).
Em suas conclusões, os pesquisadores apontam para a necessidade de divulgar ainda mais os benefícios do consumo da leguminosa, em especial para a população de baixa-renda.
E, de maneira mais direta, o que se sabe hoje em relação aos benefícios do consumo regular do feijão?
Uma levantamento com 1.475 pessoas ao longo de 3 anos, mostrou que esse hábito relacionava-se com:
- maior ingestão de fibras, potássio, magnésio, ferro e cobre;
- menor peso e circunferência abdominal;
- 23% de redução no risco de elevação na circunferência abdominal e 22% no risco de obesidade;
- menor pressão arterial (NHANES 1999-2002).
Como estará o consumo de feijão aqui no Brasil? Ou melhor, quantas vezes por semana você o tem consumido?
Na dúvida, precisamos falar mais dos seus benefícios à saúde.
É claro: feijão saudável é aquele sem o bacon.
Abraços,
Leandro Minozzo