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Sexto caminho para evitar uma aposentadoria fracassada: diversão!

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O sexto caminho para evitar uma aposentadoria fracassada, aquela que tem na lamúria uma de suas marcas, é buscar diversão. A aposentadoria, quando bem planejada, é um momento único para atividades que propiciem prazer, contato com a natureza e, por que não, com o lúdico. A liberdade conquistada com a aposentadoria, quando encontra uma condição financeira adequada, alimenta desejos ainda maiores de diversão.

Viagens ao Nordeste e ao exterior são as campeãs no ranking de lazer na aposentadoria de pessoas da região Sul do país. Seguem pescarias, participar de grupos de danças, assistir a peças de teatro e trabalhar em pequenas propriedades rurais ou em um simples jardim ou horta.  São variados esses desejos, assim como é a concepção do que é diversão. Há alguns dias, joguei futebol, e o atacante do meu time tinha 63 anos – 32 anos mais do que eu tenho! Além de estar em plena forma física, ele apresenta uma habilidade impressionante, o que fez toda a diferença em prol da nossa vitória. Ao final da partida, curioso, fui lhe parabenizar pelos gols e descobri que jogava por duas horas, todas as terças, quintas e sábados. Para ele, isso é diversão.

Geralmente, as pessoas fixam muito da sua imaginação em relação à aposentadoria nessa questão de diversão. E isso é algo compreensível. Sonhar acordado com momentos bons, fazendo diversos planos é uma maneira agradável de passar o tempo. Pode até mesmo aliviar a carga de estresse que se tem no dia a dia no trabalho.

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Como vimos, as viagens são as campeãs em qualquer lista de desejos para desfrutar a aposentadoria. Tanto é que existe um mercado gigantesco de turismo focado em pacotes para quem já passou dos 50 anos. Viajar é, talvez, uma das melhores fontes de diversão e cultura. Deixo, porém, mais uma ressalva: você não passará toda sua vida viajando. Afinal, você e sua(seu) esposa(o) não são ciganos. Viagens serão momentos pontuais ao longo de uma aposentadoria longeva. Dessa forma, é necessário descobrir e cultivar formas de diversão perenes, que lhe tragam alegria o ano todo. Até mesmo para que se consiga “desligar” durante uma viagem, é necessário que essa capacidade seja desenvolvida e praticada aí na sua própria cidade.

Deve-se, e vimos no parágrafo anterior, dedicar parte do planejamento para a diversão. É algo necessário e que traz benefícios enormes, principalmente garantindo momentos de alegria. A simples rotina casa-trabalho e trabalho-casa tende a diminuir os momentos de descontração – e isso pode ser perigoso. Conheço pessoas que simplesmente não sorriem ao longo de seus dias. Vão, ao longo dos anos, tornando-se rígidas e sérias em excesso.

Será que diversão é mesmo perda de tempo?

Ao pesquisar sobre prevenção da doença de Alzheimer, encontrei um estudo europeu muito interessante. Acompanhando adultos na meia-idade por décadas, os pesquisadores constataram que aqueles que se dedicavam a hobbies, quando jovens, tinham 50% menos a doença. Acredito que a redução do hormônio do estresse, chamado cortisol, e a maior possibilidade de socialização foram os responsáveis por esse efeito protetor importante do lazer.

Sei que os benefícios da diversão são até óbvios, porém o problema é que a maioria das pessoas simplesmente não relaxa e faz as mesmas coisas quase todos os dias. Quando são questionadas sobre diversão, dizem que ela ficará para depois. “Quando eu me aposentar, começarei a pescar.” “Vou cuidar de mim.” “Vou viajar o tempo todo.” “Agora, não tenho tempo.” Parece a mesma história do cuidado com a saúde; a maioria das pessoas deixa para depois. Para a saúde, como vimos, deixar para depois não dá muito certo, ficando o aposentado em risco para diversas doenças. E quanto à diversão, será que deixar para depois funciona?

Pesquisadores da Universidade de Estocolmo, na Suécia, foram atrás dessa resposta. Ao analisar o comportamento de quase 700 idosos, constataram que não. Quem deixa a diversão para depois acaba não fazendo é nada! Ir a teatro ou ao cinema, praticar esportes, jardinagem, leitura, dançar… quem não faz antes de se aposentar, depois faz muito menos.

aposentadoria unimed 2015

Será que isso não está acontecendo com você? Não está também correndo o risco de deixar a diversão para depois?

A aposentadoria, como vimos ao longo do livro, não é a “Porta da Esperança”. Ninguém muda depois que se aposenta. O risco maior é de muitas vezes piorar. Então, não deixe para depois, comece já a se divertir. Cultive algum hobby. E se seu esposo ou a esposa adotam esse discurso de deixar a diversão para depois, chegue lá e fale: “vamos dançar, você não tem escolha. Tá bom?”.

Ah, televisão por assinatura e horas nas redes sociais não contam como diversão.

Você pode ter ficado um pouco assustado com a quantidade de informações que eu   trouxe sobre aposentadoria. Dificuldades no casamento, ter que cuidar dos pais ou sogros, ou netos… Risco de ter os rendimentos diminuídos, de ficar com depressão, ou Alzheimer, de engordar. Soa até confuso. Quantas coisas para prestar atenção. Ainda sete caminhos para seguir quase que à risca para não ter problemas na aposentadoria.

O último deles fecha o ciclo de orientações fornecidas pelo livro. Ele diz respeito a todos esses riscos e caminhos que trouxe até aqui e peço que o leia com bastante atenção: planejamento. Somente através de uma estratégia ampla, que considere sinceramente suas características pessoais é que você conseguirá afastar a aposentadoria fracassada da sua vida e, logo, da sua família também.

Seguindo esses caminhos, vários aspectos existenciais serão contemplados, lhe fortalecendo como ser humano. Lembra, se tudo der certo, sua aposentadoria não durará apenas três ou cinco anos. Ela ultrapassará os trinta anos. E tudo que fizer para torná-la melhor, valerá a pena.

Abraços, Leandro

Trechos do livro “Não se Aposente – Sete Caminhos para Evitar uma Aposentadoria Fracassada” (2015)

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