Costumo dar uma “zappeada” digital em alguns blogs e portais. Diariamente. Mais de uma vez ao dia. Um deles, é o Sul21. Hoje, deparei-me com matéria sobre uma questão importantíssima, daquelas na qual todos confiamos que alguma instituição pública está fiscalizando (como foi a da qualidade do leite aqui no RS). Refiro-me ao uso de agrotóxicos.
O chamariz que conduziu o cursor à manchete foi a realização de pesquisas no Mato Grosso – meu estado natal. Não tenho acompanhado a questão de orgânicos e nem mesmo de agrotóxicos nos últimos meses; porém, fiquei curioso: será que a cidade onde nasci era o alvo dessa contaminação? Fui conferir. Não encontrei nada sobre Barra do Garças, porém cidades onde parentes moram ou moraram estavam lá: Lucas do Rio Verde e Campos Verdes.
Na matéria, destaca-se um documentário intitulado “Nuvens de Veneno” (2013) – denominação mais do que suficiente para situar o público. Há também referência constante ao trabalho do professor pesquisador Wanderlei Pignati, da UFMT.
É assustador. Desde 2008, somos o país que mais consome agrotóxicos no mundo.
É um problema que envolve muito mais do que a perspectiva “orgânicos”, uma vez que o estado do Mato Grosso – assim como os de mais do Centro-Oeste – é uma potencial agrícola mundial.
Assistir a uma vídeo e buscar algumas referências no google não me permitem qualquer análise ou opinião míope, a não ser ficar perturbado e reconhecer a urgência que o controle do uso dos agrotóxicos se faz necessário.
Precisamos da produção de soja, milho e algodão do Mato Grosso? Precisamos que a agricultura continue contribuindo e muito para o PIB?
Mas a que custo?
Gostei do posicionamento sóbrio do prof. Wanderlei: buscar um pacto.
Abraços,
Leandro Minozzo