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Como saber se a pessoa com demência está sentindo dor?

Como saber se a pessoa com demência está com dor?

A dor em pessoas que vivem com demência pode se manifestar sob diversas formas e elas tendem, conforme o avanço da doença, a ser cada vez mais inespecíficas, ou seja, mais difíceis de percebermos. Quando o familiar ou a pessoa sob nossos cuidados está na fase leve, geralmente ele verbalizará que está com desconforto e conseguirá facilmente localizá-lo. A partir da fase moderada, porém, essas capacidades costumam ficar prejudicadas e a manifestação pode ser apenas ficar mais quieto, sem apetite ou a adoção de uma posição física que diminua a dor. Também pode acontecer da pessoa com demência apresentar um quadro de agitação ou confusão mental quando sentir dor, mesmo que seja numa intensidade leve. Tanto no caso da pessoa ficar mais quieta, quanto no caso de ficar mais agitada ou confusa, é fundamental que a suspeita da dor como causa seja considerada pelos cuidadores.

Lembre-se que, numa mudança aguda de atitude, devemos considerar a dor como provável causa. Outro aspecto que, no cuidado de pessoas com demência é importante, é justamente evitar “pessoalizar” essa nova atitude, como se ela fosse intencional em relação ao cuidador, de propósito ou como teima, porque, além desse sentimento gerar mais conflitos e mal-estar, haverá sempre uma demora para se compreender o que realmente está se passando com a pessoa com demência.

Nas fases avançadas, as manifestações de dor são ainda mais sutis e demandam um olhar mais atento por parte dos cuidadores. Sinais como caretas, movimentação ocular atípica, frequências cardíaca e respiratória aumentadas, suor aumentado, rigidez nos braços, gemidos, entre outros, costumam indicar a presença de dor.  

E como podemos avaliar se a pessoa que cuidamos está apresentando algum desses sinais? Sei que, para que não é profissional da área da saúde, pode parecer um desafio complicado. No entanto, há instrumentos que auxiliam a todos. É aí que entram em cena algumas escalas de avaliação de dor em pessoas com demência, desenvolvidas  há bastante tempo e já validades por diversas pesquisas, inclusive no nosso idioma. As duas mais utilizadas são a PNAID (Pain Assessment In Advanced Dementia), a DOLOPLUS e a PACSLAC (Pain Assessment Checklist for Seniors With Limited Ability to Comunicate).

Confirma como são esses instrumentos:

Escala DOLOPLUS: https://smartcms.boldapps.pt/publicfiles/Uploads/Files/91/SubContent/d690a781-1afc-4e56-8935-7303a7fb8755.pdf

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