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Ferritina e Esteatose Hepática: Dois Alertas do Nosso Metabolismo

Olá,  hoje vou falar sobre duas condições muito frequentes: a elevação na ferritina e a esteatose hepática (“gordura no fígado”)

Até há pouco tempo, mesmo constatando essas alterações, não dávamos a devida importância. Hoje, porém, graças a centenas de pesquisas publicadas, sabemos que tanto a elevação da ferritina quanto a doença do fígado gorduroso representam sim riscos reais à saúde.

Estão relacionadas à resistência insulínica ou seja diabetes, à hipertensão arterial e a alterações hormonais, como diminuição da testosterona.

Importante mencionar que nem toda elevação da ferritina, em especial as abaixo de 1.000 está relacionadas à sobrecarga de ferro. Muitas vezes, a causa dessa elevação é alguma inflamação ou mesmo a própria esteatose hepática. Isso mesmo, não se tem excesso de ferro, mas se está com o metabolismo alterado. Além do exame de ferritina, é importante que, ao se fazer uma segunda dosagem confirmatória, se solicite também a saturação de transferrina e as transaminases hepáticas. Com base nesses resultados, o médico conseguirá interpretar com mais clareza o que está acontecendo.

Hoje, além da biópsia de fígado, podemos usar a tecnologia da ressonância magnética para detectar a presença ou não de excesso de ferro no fígado. Com base nessa informação, podemos indicar até mesmo sangrias terapêuticas.

No caso da esteatose hepática, ela é também um grande marcador de risco. Podendo progredir para hepatite gordurosa e até mesmo cirrose. Nem todos os casos de esteatose são causados por excesso de alimentação e sedentarismo, por isso, é fundamental uma abordagem ampla, que se olhe para vários aspectos. Se exclua a presença de infeções virais ou uso de medicamentos prejudiciais.

Nesses casos, A dieta é parte fundamental para o tratamento e para a não progressão. O paciente deve aprender a comer devagar, diminuir excessos (principalmente de bebidas alcóolicas e de um açúcar chamado frutose) e também ser orientado a gastar calorias com exercícios. Alguns suplementos e medicamentos estão sendo também usados nesses casos, como a vitamina E nos casos mais graves, como a esteato-hepatite.

A meu ver, ferritina elevada e esteatose hepática são dois avisos importantes de que a saúde não está indo bem.

CUIDE DA TUA SAÚDE!

Resumo do texto:

  1. Ferritina elevada e gordura no fígado não são meros achados ocasionais – precisam de avaliação!
  2. Nem todos pacientes precisam de sangria terapêutica;
  3. A combinação dessas duas condições aumenta o risco para diabetes.

 

Um grande abraço!

Dr. Leandro Minozzo

Geriatra e Nutrólogo – Especialista na duas áreas pela AMB

 

Confira outras publicações sobre ferritina elevada:

FERRITINA ALTA: para entender de vez!

Ferritina alta aumenta risco para diabetes

 

 

https://www.youtube.com/watch?v=4ktVURmhbaQ&t=82s

AULA: ELEVAÇÃO DA FERRITINA COMO MARCADOR DE DISFUNÇÕES METABÓLICAS EMERGENTES

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